A gestação do bebê é constituída por 4 trimestres. Além dos três trimestres que o bebê passa dentro do útero, se desenvolvendo, há ainda o 4º trimestre, que consiste nos três primeiros meses de vida da criança, quando ela ainda é mais um feto que um bebê. Ela não está pronta, precisa ainda amadurecer órgãos e sentidos. Ela sente falta do útero onde estava aconchegada, apertadinha; Sente falta dos sons, do chiado constante das veias e artérias, e da placenta, que ouvia constantemente, sempre lá dentro. E sente falta do movimento que a embalava (quando a mãe se movimentava).
Aqui fora ela está totalmente solta, e isso faz com que se sinta insegura. Ela ainda não tem domínio sobre seus movimentos e desconhece seus próprios membros. Nos primeiros meses a criança se assusta com seus movimentos involuntários. Só mais tarde, em torno de 4 ou 5 meses de vida, é que ela vai descobrir suas mãos e seus pés. Por isso o uso de um cueiro é imprescindível, para fazermos o que chamamos no Brasil de charutinho ou pacotinho.
Por tudo isso, nascer é um corte abrupto desse ambiente. A criança chora e os pais não sabem o porquê e nem o que fazer para acalmá-la. O Cueiro Ciranda é um resgate do modo como a humanidade costumava instintivamente acalmar seus bebês durante milhares de anos, e que nos esquecemos de como fazer. Acalmar o bebê recém-nascido é imitar as condições da vida intra-uterina.
Com o Cueiro Ciranda, enrolamos a criança com os braços estendidos ao longo do corpo, de maneira firme, limitando quase que totalmente seus movimentos, deixando apenas a cabecinha solta, mas coberta por um gorro. Existem outras dicas para acalmá-la baseadas nos estudos do Pediatra norte-americano Dr. Harvey Karp e estar “enrolada” é uma delas.
São 5 os passos baseados nos estudos do Dr. Harvey Karp, para acessar o reflexo da calma do bebê:
Esse “envolver” é importante nos três primeiros meses de vida, mas pode ser usado durante muito mais tempo, até aproximadamente os 8 meses.